Por Claudio Roberto da Silva
claudiosilvasemeai@hotmail.com
Era uma vez. Numa dessas muitas vezes em que mano Lobo desceu da “quebrada”, e foi para o centro. Em seu “kombão”, com “sonzera” ligada na maior altura, tocando o cd dos Racionais. Chegando na região “dus bacana”, tocou a campanhinha e foi logo gritando.
— É o” truta” mano, vim buscar “a nota” que tu me deve...
— Não tenho mais grana, velho — Respondeu o garoto. — A mesada acabou e eu já vendi “meus pano” tudo. Num sobrou nada mano, “tô lizo”...
Respondeu o Palito, se borrando e com a voz trêmula do outro lado.
— Onde estão os pirralhos dos seus dois irmãos, eu dei pra eles trezentas gramas, pra eles fazerem uns “aviãozinhos” no colégio e eles fumaram tudo, vou ter que cobrar vacilo de vocês, eu sou o “Lord” mano, não posso ficar no prejú, senão a rapaziada perde o respeito morô?!
Ameaçou Mano Lobo.
— Eles estão dormindo... Lobo, chegaram tarde ontem, do show do Luan Santana, amanhã a gente vê isso...
Então abre o portão que eu vou levar “uns bagúio” do barraco, e depois eu cobro a diferença de vocês.
— Não faça isso mano... o velho vai ficar louco quando chegar da igreja.
— Vou contar até três se você não abrir essa "p", eu vou quebrar tudo.
Derrepente.
"Sujô!!! a pulícia chegô!"
Mano Lobo pága pra eles uma propina de dois mil e um pacote de cem e logo é liberado na outra esquina.
E num outro quarteirão, a mesma estória se repete.Três porquinhos estampam a primeira página do jornal.
Cada um com dois tiros de escopeta, e cada um, com menos uma estória pra ser contada.
The End!!
Publicado na Cantina Litérária, Blog do próprio autor em 13 de abril de 2011
Conheçam a Cantina Litérária de Claudio Poeta.
Publicado na Cantina Litérária, Blog do próprio autor em 13 de abril de 2011
Conheçam a Cantina Litérária de Claudio Poeta.
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