sexta-feira, 15 de abril de 2011

Os três porquinhos. A versão moderna e real


Por Claudio Roberto da Silva
claudiosilvasemeai@hotmail.com



Era uma vez. Numa dessas muitas vezes em que mano Lobo desceu da “quebrada”, e foi para o centro. Em seu “kombão”, com “sonzera” ligada na maior altura, tocando o cd dos Racionais. Chegando na região “dus bacana”, tocou a campanhinha e foi logo gritando.

— É o” truta” mano, vim buscar “a nota” que tu me deve...

— Não tenho mais grana, velho — Respondeu o garoto. — A mesada acabou e eu já vendi “meus pano” tudo. Num sobrou nada mano, “tô lizo”...

Respondeu o Palito, se borrando e com a voz trêmula do outro lado.

— Onde estão os pirralhos dos seus dois irmãos, eu dei pra eles trezentas gramas, pra eles fazerem uns “aviãozinhos” no colégio e eles fumaram tudo, vou ter que cobrar vacilo de vocês, eu sou o “Lord” mano, não posso ficar no prejú, senão a rapaziada perde o respeito morô?!

Ameaçou Mano Lobo.
— Eles estão dormindo... Lobo, chegaram tarde ontem, do show do Luan Santana, amanhã a gente vê isso...


Então abre o portão que eu vou levar “uns bagúio” do barraco, e depois eu cobro a diferença de vocês.

— Não faça isso mano... o velho vai ficar louco quando chegar da igreja.

— Vou contar até três se você não abrir essa "p", eu vou quebrar tudo.

Derrepente.

"Sujô!!! a pulícia chegô!"

Mano Lobo pága pra eles uma propina de dois mil e um pacote de cem e logo é liberado na outra esquina.

E num outro quarteirão, a mesma estória se repete.Três porquinhos estampam a primeira página do jornal.

Cada um com dois tiros de escopeta, e cada um, com menos uma estória pra ser contada.


The End!!

Publicado na Cantina Litérária, Blog do próprio autor em 13 de abril de 2011
Conheçam a Cantina Litérária de Claudio Poeta.

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