Por Joice Giachini
Quem pode curar-me?!
Não sabe ele dizer-me o que desejo
É um saber sem sentido
Um entender não entendido.
Vivo sem viver em mim
Sem saber como perseverar
Vivendo onde já se vive
Deste viver o que será?
Se vivo assim, mais morro.
Por que não toma o roubo que já roubaste?
Redobra-se assim em mim a dor
Neste sítio sombrio vejam-te meus olhos
Porque deles és a luz
Para eles somente os quero ter.
Neste padecer, persiste dentro em mim
A música calada
A solidão sonora
A noite serena
As quais não quero mais que toquem os umbrais.
Não direi o que sinto
Nem lamentarei o que vivo
Este mal é tão inteiro
Solidão de amor ferido.
Um comentário:
Joice,
Não tenho palavras para descrever a experiência do seu poema. Não tenho palavras para intitulá-lo, porém achei muito oportuno da dor à vida, pois o vejo como um trajeto. Na nossa vida, em todas as etapas estamos sujeitos à dor, que é inevitável, porém esta nos deve levar à vida! É o que vejo no seu poema de dor, mas de vida no caminho que traz um rastro de luz.
parabéns!
Tiago
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